A ALEGRIA DE VIVER O CARISMA MATER CRUCIS


“Como havemos de cantar os cantares do Senhor, numa terra estrangeira?” Salmo 136,4

Descobri exatamente o sentido do exílio, ao longo destes 11 anos de caminhada, sabem porque? Porque não havia pra mim nenhum sentido ou vontade em cantar os seus cantares fora do lugar que Ele me queria. O coração fervia, as lágrimas não cessavam e o entendimento não vinha.
Sentir o chamado do Senhor é se entregar sem medidas a Ele, renunciar a si mesmo. Assim abriram-se meus olhos e ouvidos e então propus àquelas que me aguardavam e estavam próximas de mim: vamos caminhar, vamos em frente! Não podemos parar! O Carisma, o dom Mater Crucis já fervia dentro de mim.Viver a gratuidade do amor de Deus era o sinal.

Aprender com Maria a Mater, esta gratuidade era a moção do Espírito. Aos pés da Cruz, que experiência profunda do amor gratuito de Deus para com os homens!!! E este amor se revelara a mim, e se estendia aos que vem em busca deste amor.

Aí se dá a vida comunitária, a experiência do Carisma, confirmado pelos que estão próximos, concretizado nos mais necessitados. Como? Em momentos de encontro com Deus, através dos meios que Ele mesmo propõe. É Ele que fornece todo o necessário para a fundação através daqueles que Ele escolhe e leva a experimentar seu amor e salvação. Cabe ao fundador e a comunidade que o segue dar uma resposta positiva e alegre. Vivendo da Providencia Divina, com gratidão, profética e liturgicamente.

Viver a comunidade só se da se esta cresce no contexto da Igreja, ela vem da Igreja, alimenta-se na Igreja e recebe sua identidade na Igreja.

Agora 11 anos passados com frutos tão significativos, como os jovens, filhos dados pelo dom da Maternidade vindo da Mater, posso afirmar como o salmista, “os que semeiam entre lágrimas, ceifarão com alegria”. Posso cantar os cantares do Senhor sim, pois Ele é Minha Força e a razão do meu cantar pois foi Ele neste dia para mim LIBERTAÇÂO.

Fátima, Fundadora Comunidade Mater Crucis

LIVRES DO IMEDIATISMO


Deus nos criou a sua imagem e semelhança. Nós somos frutos do ápice de amor da Santíssima Trindade. Em Gêneses, Deus cria todas as coisas que estão mais distante d’Ele como o céu, o mar, os seres vivos... e no momento mais sublime, o coração da Santíssima Trindade explodiu de amor e o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus. Somos profundamente amados por Deus.

Hoje as pessoas andam com muito medo, diante de tantos crimes assaltos, perigos nas estradas... E nós vamos ver no Evangelho de São Marcos capítulo 4, que os discípulos também tiveram medo.

“À tarde daquele dia, disse-lhes: Passemos para o outro lado. Deixando o povo, levaram-no consigo na barca, assim como ele estava. Outras embarcações o escoltavam. Nisto surgiu uma grande tormenta e lançava as ondas dentro da barca, de modo que ela já se enchia de água. Jesus achava-se na popa, dormindo sobre um travesseiro. Eles acordaram-no e disseram-lhe: Mestre, não te importa que pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Silêncio! Cala-te! E cessou o vento e seguiu-se grande bonança” (Marcos 4, 35-39).

O inimigo de Deus é conhecido como pai da mentira, ele coloca o tempero do mal nas coisas de Deus, e as coisas más ele tenta nos mostrar como coisas boas, ficamos abalados com esse jogo. Pelo fato de Jesus estar na nossa vida não podemos ter medo.

Os grandes meios de comunicação manipulam os adolescentes que têm medo de não fazerem o que eles mostram. "Ah! Se eu for à Missa todos os dias, o que vão falar de mim?"

Muitas vezes somos criticados por sermos de Deus. Muitos dizem que "não é necessário confessar com tanta frequência". "Por que receber a Eucaristia todos os dias?" Não podemos ter medo, é uma arma do inimigo de Deus para nos combater. O imediatismo é o maior vilão da vida espiritual. Muitas vezes participamos de um encontro e dizemos: "Eu agora não vou falhar mais"; passamos a viver uma vida alienada.

O imediatismo é terrível, o medo nos leva a dar respostas imediatas para problemas profundos que só o Espírito Santo poderá nos libertar.Se nós estivermos ausentes da graça de Deus, não podemos nada. A palavra religião significa ligar a minha vida a Deus. O demônio quer cortar a nossa ligação com Deus, e aí caímos no relativismo. Tudo que for para meu benefício imediato eu aceito, e as pessoas não aceitam mais Jesus crucificado.

Tem pessoas que perdem horas com futilidade. A paixão e morte de Jesus é o grande exemplo daquilo que vai acontecer com os cristãos. No momento em que eu aceito Jesus, eu não posso mais ter medo.

Muitas vezes queremos justificar nossas fraquezas pela razão, e nos distanciamos de Deus. Nessa trajetória de vida caímos no relativismo que tem uma das piores consequências: o individualismo, ou seja, cada um vive por si.

Só Jesus pode nos renovar. Estamos num mundo cheio de angústia, mas não vivo angustiado porque recebo Cristo todos os dias na Eucaristia. Nós precisamos passar de uma fase superficial da nossa fé para uma fase de aprofundamento.

A nossa vida tem que ser baseada na Palavra de Deus, no Catecismo da Igreja Católica. Tem muito católico que muda de religião, mas se foi batizado na Igreja Católica vai ter que ser de Cristo para sempre. Por que muitos mudam de religião? Porque não leem a Palavra de Deus, não estudam o Catecismo e não rezam.

Temos que estar totalmente abertos a Deus para que o Espírito Santo venha sobre nós. Deus me criou a sua imagem e semelhança e me dotou de livre arbítrio para saber escolher entre o bem e o mal. Precisamos do Espírito Santo para saber acolher o que é bom para nossa vida. Eu quero pedir a graça do Espírito Santo para sermos livres do imediatismo, do relativismo e do individualismo para vivermos na fé e na caridade.

Transcrição e adaptação: Willieny Isaias
Frei Giribone Cardoso
Fundador da Obra Missionária Virgem do Carmo Peregrina
Disponibilizado por: Aline, Postulante Mater Crucis.

A ESPIRITUALIDADE DE SANTA TERESINHA



No dia 01 de outubro, a Igreja celebra o dia de Santa Teresinha do Menino Jesus, doutora da Igreja. Ela como baluarte da nossa Comunidade nos ensina, através do seu testemunho de vida as viturdes necessárias para a nossa busca pessoal pela santidade e para a nossa convivência fraterna. Vejamos alguns fundos da Espiritualidade de Santa Teresinha:


Antes de mais nada, o que caracteriza a espiritualidade de Santa Teresinha é o regresso ao essencial do Evangelho. Ela fala constantemente de um Deus enamorado por sues filhos, que os procura e aceita a todos, cada um como é, com as suas virtudes e os seus defeitos, os seus dons e os seus limites. O amor de Deus aparece em Teresa de Lisieux como fonte de comunhão e solidariedade de uns para com os outros, tanto santos como pecadores, tanto crentes como não crentes. A sua própria vida é uma parábola desta delicadeza de Deus que vê a todos com olhos de Pai, por cima de todas as fronteiras religiosas, culturais, étnicas, etc. O Cristo do Evangelho, pastor, misericórdia, pai foi a grande descoberta de Teresa de Lisieux num tempo em que o Jansenismo reinado o afastava de todo o contato humano.

Um outro valor de fundo é a redescoberta da Palavra de Deus como fonte de vida. Numa época pouco aberta à leitura da Bíblia, ela antecipou-se ao Vaticano II, fazendo da Palavra de Deus o alimento das suas leituras. "A ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo". É ela que nos conta como pouco a pouco passou da leitura dos autores espirituais a centrar-se na Escritura, sobretudo nos Evangelhos. Dia ela: "Mais tarde, os livros deixavam-me na aridez; quando abro um libro de um autor espiritual, sinto o meu coração fechar-se e leio sem compreender, ou então compreendo sem por lá o meu coração. É nestas circunstâncias que a Escritura e a imitação me vêm em socorro e nelas encontro alimento para a minha pobre alma. Descubro sempre nele, coisas novas, luzes, novas, significados escondidos, misteriosos. Compreendo e sei por experiência que o Reino de Deus está dentro de nós". A leitura e a meditação da Palavra de Deus levaram-na a descobrir o essencial na mensagem de Jesus nos pormenores de cada dia. "Nunca ouvi Jesus falar, mas sinto que está em mim e que a todo instante me guia e me inspira o que devo dizer ou fazer".

A paternidade e maternidade de Deus. Teresa viveu uma época caracterizada por uma espiritualidade de puritanismo jansenista que deformava o tosto de Deus, apresentando-o como juiz intransigente, que pedia vítimas para aplacar a sua cólera. Pelas suas leituras do Evangelho descobre que esse Deus não existia. O que emerge do Evangelho é um Deus de misericórdia, pai e mãe que nos ajuda a confiar nele como as flores do jardim e as aves do céu. Daí que a sua oração fosse um diálogo amoroso e confiante como Ele. Dizia ela que resolvia todos os problemas com a oração. "A oração e o sacrifício são todas as minhas forças, são armas invencíveis que Jesus nos deu, elas tocam as almas muito mais que os discursos". A descoberta de Deus como pai e mãe foi o ponto de partida para um novo caminho de santidade: o caminho da infância espiritual. Ser santo para Teresinha não é ser perfeito, mas ser filho. Jesus mostrou-lhe que o caminho da santidade é o da criança que se entrega aos braços do pai ou da mãe; que dorme sem medo, no seu colo.

Uma Santidade encarnada na história. A espiritualidade de Teresa de Jesus não nasceu nos livros. Teresa só escreveu o que viveu. Ela viveu a oração como um diálogo confiante com Deus pai e mãe, presente em todas as situações que ela vivia, presente nos acontecimentos, nas pessoas que encontrava. Para ela, o absoluto de Deus estava muito próximo, revelava-se nas pequeninas coisas, nas irmãs com quem convivia, nas trevas que lhe não lhe deixavam ver claro. Para ela a santidade não era uma perfeição isenta de erros e defeitos. Ser santo era saber amar, saber acolher, saber perdoar, saber sorrir. Santa Teresinha terá muita influência na nova imagem da espiritualidade e santidade que os teólogos do Vaticano II imprimiram à Igreja.

A escuta do Espírito Santo. Diz Von Balthasar que a teologia de Teresa de Lisieux é essencialmente uma teologia do Espírito Santo. Em todos os seus escritos e na sua experiência de fé, a dimensão trinitária está sempre presente. Já no retiro de preparação para o crisma, ela dizia: "Finalmente, chegou o momento feliz. Não senti um vento impetuoso no momento da vinda do Espírito Santo, mas aquela brisa ligeira de que fala o profeta Elias". Para ela, o Espírito Santo estava sempre presente nos acontecimentos mais ordinários, sem violência nem fenômeno extraordinário, mas de um modo muito discreto e sutil. Mas sentia bem que Ele andava por ali muito perto.

O seu amor pela Virgem. Na mais pura tradição do Carmelo, Teresa de Lisieux tinha grande devoção à Santíssima Virgem. Mas também aqui, antecipando-se ao Vaticano II, Maria era para ela a mulher simples de Nazaré, mais discípula que mestra, peregrina na fé e na esperança. Recusa a exaltação de Maria que não tem em conta a vida oculta de Maria de Nazaré. Para Teresa, Maria era mais mãe que rainha. Não gostava que lhe falasse de Maria num trono, inacessível aos pobres. A sua primeira poesia dedicada a Maria tem como título: "Porque te amo Maria". É uma síntese dos primeiros capítulos de São Lucas: a sua pobreza, o seu silêncio contemplativo, a sua simplicidade, a sua fé, a sua disponibilidade, o seu sim. Era nessa Maria que ela se revia e que ele amava.





Santa Teresinha, rogai por nós!

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O Nome “Mater Crucis” sintetiza: Plenitude do Ser Mãe. Maria por sua Maternidade Divina acolhe aos pés da cruz os filhos de Deus dispersos. Como Comunidade, buscamos viver a vida Fraterna, contando com a Providência Divina e nos esforçando na vivência radical do Evangelho.

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