Falar dos caminhos cristãos do amor é, necessariamente, falar de vocação, ou seja, a convergência entre a natureza e a graça, entre as capacidades naturais de amar e o chamamento de Deus a um amor maior, cuja possibilidade não depende, apenas, da nossa natureza, mas do dom do Espírito Santo, que nos é dado a partir da nossa relação com Cristo, desde o batismo. Deus atrai-nos, revela-se-nos e mostra-nos o Seu desígnio, de Quem nos criou para atingirmos a perfeição do amor, na caridade, e a plenitude da comunhão com Ele e com os irmãos.
Porque nos atrai, nos interpela e nos chama, os caminhos do amor são uma vocação e toda a vocação cristã é um caminho de amor.
A vocação cristã é participação na vocação de Jesus Cristo, que encarna na Sua vida as exigências do amor de Deus Pai pelos homens, e que sacrifica a Sua vida à realização desse desígnio de amor. E continua a ser assim: aceitar uma vocação é dar prioridade absoluta, na nossa vida, à realização do desígnio de Deus e isso só nos é possível participando da fidelidade de Jesus Cristo.
Seguir uma vocação é deixar-se atrair por Jesus Cristo, não um Cristo imaginado por nós, mas o Cristo realisticamente concreto da Páscoa. É segui-Lo como discípulo, começando por abraçar, com amor, a própria Cruz, sendo a atração da Cruz a paixão por esse rosto novo da humanidade, o convite a deixar morrer em nós o "homem velho" e construir a nossa vida com a novidade pascal da confiança e da fidelidade.
D. José Policarpo
Fonte: http://www.paroquias.org
Se você deseja saber mais sobre Vocação e conhecer a Vocação, o Chamado e o Carisma Mater Crucis, participe do nosso Retiro Vocacional em Outubro.